I'm so sorry - Capitulo 02

Pov | Edward

Eu não conseguia me controlar, eu tinha concordado com aquilo, mas era estranho eu ali em cima daquele altar esperando logo ela.
A igreja toda se concentrava na entrada dela, a maior parte não queria perde o mico que ela provavelmente pagaria, eu esperava que ela não me envergonhasse. Não queria virar chacota diante de toda a cidade.
Quando ela entrou prendi minha respiração, eu tinha que admitir que ela estava bonita naquele vestido, era uma coisa simples branco com alguns detalhes em renda de manga longa e comprido, não tinha aquela cauda gigante que era comum na maioria dos vestidos de noiva que eu já tinha visto, o vestido dela era simples e delicado. Eu deveria agradecer minha irmã depois, pois eu podia apostar que aquela obra-prima era trabalho dela. O cabelo dela estava preso e ela tinha um veu tampando o rosto. Agradeci assim eu não precisava ficar vendo o rosto dela durante toda a cerimônia.
Quando o pai dela me entregou ela, sem que ela fizesse nenhuma besteira no caminho até o altar, eu simplesmente soltei a respiração que eu estava prendendo, ela tinha conseguido concluir a primeira parte daquele espetáculo sem micos, esperava que ela conseguisse permanece assim até o final daquilo. Observei melhor ela de perto, ela estava tremendo, apertei um pouco a mão dela, tentando passar um pouco de confiança, afinal não queria que ela surtasse ali.
Eu estava mais atento às reações dela do que a celebração, mas ainda assim prestava atenção no que o padre dizia:

Estamos aqui hoje na presença do senhor para participarmos desta celebração, acompanhando Isabella Marie Swan e Edward Antony Masen Cullen no dia em que se propõem constituir o seu lar.
[...]
Noivos caríssimos, viestes à casa de Deus para que o vosso propósito de contrair Matrimónio seja firmado com o sagrado selo de Deus, perante o ministro da Igreja e na presença da comunidade cristã.
Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal.
Ele, que já vos consagrou pelo santo Batismo, vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo sacramento para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do Matrimónio.
Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-vos sobre as vossas disposições
—Viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio.É de vossa livre e espontânea vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
Olhei para ela antes de responder.
—Sim.
Ela buscou os olhos da mãe dela antes de responder. E quando o fez foi de uma forma tão insegura que não convencia ninguém.
—Sim.

—Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?
O processo se repetiu, ela buscou a mãe dela antes de dizer sim.

Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
Fiz como o padre disse e peguei a mão direita dela com a minha mão direita.
Respirei fundo e comecei a colocar a aliança no dedo dela enquanto falava as palavras de comum de um casamento.
—Eu, Edward Cullen, recebo-te Isabella Swan por minha esposa, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. Isabella Swan receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
A maior parte das coisas que eu prometi naquele altar eu realmente não pretendia cumprir, mas como era de prasti.
Quando chegou a vez dela, ela pegou minha mão com algo próximo a curiosidade, pegou a aliança e fez o mesmo procedimento que eu fiz com ela, a única diferença era que mal se podia ouvir o que ela falava de tão baixo que ela falava.
—O amor dos vossos servos Isabella Swan e Edward Cullen, para que, entregando um ao outro estas alianças, em sinal de fidelidade, recordem o seu compromisso de amor. O que Deus uniu o homem jamais irá separar. Com o poder declarado a mim declaros Marido e Mulher, pode beijar a noiva.

Eu me senti estranho, não sabia se a mãe dela tinha preparado ela para aquilo, me aproximei lentamente dela como anunciando o que eu iria fazer, colei meus lábios lentamente nos dela, ela não reagiu. Foi um selinho simples, mas estava de bom tamanho.
A igreja reagiu em uma salva de palmas, aquilo assustou minha "Esposa", ela saiu correndo e se agarrou a mãe. Estava bom demais, eu sabia que ela teria alguma reação assim.
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa e trazer aquela louca para o altar, senti os braços da minha mãe em torno de mim, reparei que ela tinha os olho cheios de lágrimas, não consegui entender como ela podia chorar diante daquele teatro.

—Foi tão lindo, vocês ficam perfeitos juntos.
Olhei pra ela sem acreditar que ela estava mesmo falando aquilo, antes que eu pudesse rebater ela se afastou dando abertura a outros familiares que vinheram me cumprimentar pelo casamento.
Depois de ter recebido o cumprimento de quase todos ali presente eu ainda não tinha achado a maluca da Isabella ela simplesmente saiu correndo quando minha mãe tentou abraçá-la, eu até tentei descobrir onde ela está, mas com todas aquelas pessoas me cercando e querendo falar comigo foi impossível.

—Fala aí Cullen.
Revirei os olhos o que eu não precisava era ter que aturar Jacob Black naquele momento.

—Depois Black. Disse tentando me livrar dele.

—Ou calma, só vim parabenizá-lo pelo casamento. Não conseguia entender o que ele queria com aquilo.

—Obrigada.
Ele deu espaço a outros convidados, era engraçado que ele não tivesse feito nenhuma provocação, não éramos inimigos, mas adoravam uma competição, competimos sobre tudo, garotas, esporte, escola. Aquele seria o momento perfeito para uma provocação e ele simplesmente não disse nada de mais.
Não escutei um terço do que o casal Newton disse ainda estava preocupado com a falta de provocação do Black.
Só consegui me afastar de todos aqueles convidados quando minha mãe apareceu dizendo que estava na hora de irmos para o salão onde iria acontecer a festa.
Assim que nos afastamos da maioria das pessoas consegui fazer a pergunta que eu queria saber naquele momento.
—Cadê a maluca?
Minha mãe me repreendeu, eu sabia que não era legal fica chamando ela de maluca, mas eu não resistia era um apelido de muito tempo que eu não conseguiria abri mão em alguns meses.

—Não fale assim dela, ela não é maluca.
Balancei a cabeça me desculpando sabia que não podia falar assim dela na frente da minha mãe, minha mãe a defendia com unhas e dentes, as vezes defendia mais ela do que a mim.
—Ela ficou um pouco assustada com as palmas e como estava difícil acalmá-la a Reneé achou melhor levava logo lá para casa.
Eu iria morar com os meus sogros, mas a festa iria acontecer na casa dos meus pais isso tudo aconteceria como uma forma de proteger a Isabella de muitas pessoas estranhas invadindo o ambiente dela. Minha mãe tinha me explicado algumas coisas sobre o jeito dela e como os autistas se comportam, as coisas com a rotina o por que dela não olhar nos olhos, mas eu tinha mais coisas em mente no dia em que ela me falou então simplesmente me desliguei do que minha mãe dizia.

—Depois você ainda quer me convencer de que essa menina não é louca.

—Ela não é louca, ela é autista e como marido dela você deveria aprender uma pouquinho mais sobre a doença dela.

Preferi não dizer mais nada, não queria ouvir mais sermões, queria chegar logo naquela festa e encher a cara, para esquecer que agora eu era um homem casado e o pior casado com aquela garota.

[Cont...]

Comentários