Escolhas - Capitulo 02

Eu fiquei olhando enquanto ele e afastava no carro, assim que ele virou a esquina eu entrei em casa, fui direto para o meu quarto, deixei meus cadernos em cima da minha cama, e fui até o meu guarda roupa pequei um short justo e uma regata branca, fui até meu banheiro particular e me preparei para tomar um banho.



[...]



Sem uniforme escolar, comecei a arrumar a casa, mas antes que eu começasse eu fui até o rádio ligando o som em um volume alto, estava tocando "Teenagem Dream- Katy Perry".



Eu ia arrumando a casa e cantando as diversas musicas aleatórias que tocava no rádio. Consegui termina de arrumar todo a casa quando o relógio marcava quatro da tarde, sim minha casa não era grande mais eu tinha levado duas horas para deixa-la limpa. Eu odiava arrumar a casa, tanto que só fazia isso uma vez por semana, e como eu estava tentando conseguir que minha mãe perdoasse pelo ocorrido na noite anterior, eu sabia que isso de certa forma deixaria ela mais feliz.



Caminhei para o meu quarto e peguei minha mochila, minha pretensão era deixar todas as lições de casa em dia, mesmo sabendo que isso seria difícil.

...

Mesmo não querendo eu me preocupei, não conseguia acreditar que o Antony tinha ido a tal festa mesmo que eu tenha pedido para que ele não fosse, mas as fotos estavam ali, provando pra mim e pra quem quisesse ver que sim ele tinha ido a festa e pior pelas fotos eu podia afirmar que ele tinha se divertido. Quando acordei não sei por qual motivo resolvi que ver o feed de noticiais do Facebook achei que seria algo produtivo e de cara me apareceu diversas fotos da festa de ontem, movida pela curiosidade eu comecei a olhar todas as fotos, uma por uma, em algumas delas o Antony aparecia algumas vezes dançando acompanhado de algumas meninas,  muitas das fotos eram selfies e em sua maior parte pareciam ter sido tiradas por ele, mas a foto que realmente me incomodou era uma em que uma menina, Amanda se eu não me engano, estava agarrada no pescoço dele a boca bem próxima ao ouvido dele. Eu não sabia explicar o que eu senti ao ver aquela foto era algo não tão novo, ciúmes, ultimamente eu vinha sentindo muito isso e não era algo que me agradava.

Eu não sabia o que fazer quando eu ficasse frente a frente com ele, ter uma crise de ciúmes não era algo que combinava comigo e não era algo que eu quisesse fazer, mas também não queria deixar passar em branco, eu o amava e se ele me amasse como dizia deveria me respeitar e se preocupar em me preserva e não fica se agarrando com alguém em uma festa qualquer. Movida pela duvida e tentando atrasar o máximo nossa conversa resolvi ir para à escola de ônibus e não esperar ele como eu sempre fazia, como não queria fazer ele ir na minha casa ato assim que entrei no transporte publico mandei uma mensagem à ele avisando que já tinha ido para à escola e que ele não precisava passar na minha casa. Fiquei aguardando ter certeza de que ele tinha visualizado, quando a obtive coloquei o telefone em modo silencioso, não queria discutir com ele por telefone, muito menos por mensagens.

Cheguei na escola na mesma hora que eu teria chegado se eu o esperasse o que foi bom não queria ficar muito tempo atoa dentro da escola principalmente por saber que o assunto de hoje era a tal festa, fui direto para a sala de Literatura, tirei meus livros de dentro da minha mochila e os abri no capitulo que usaríamos para aula, seria bom me adiantar um pouco na leitura, mesmo que eu amasse literatura eu não era nenhum gênio, portanto eu tinha que estudar e muito.

Aos poucos os alunos foram chegando e se acomodando em seus devidos lugares, agradeci que os primeiros a chegarem tinha como tema da conversa um trabalho que eles tinha que fazer que estava atrasado, tentei me desligar da conversa deles e me concentrar na minha leitura, mais não estava tendo sucesso, as letras estavam se misturando algumas vezes eu tinha que ler o mesmo paragrafo mais de uma vez.



A maior parte dos alunos já se encontravam dentro da sala, mas nada do Antony aparecer, eu devia ficar feliz com isso por que eu não queria confronta-lo dentro da escola muito menos dentro da sala de aula.

Quando a professora entrou na sala os irmão Cullen entraram junto com ela, o Antony a ajudava com os livros enquanto o Edward mexia no celular. Quando o Antony passou por mim sem nem falar um oi, eu já percebi que ele deveria estar chateado comigo assim como eu estava com ele, por mais que ele não tivesse motivos para isso.

Ele deixou os livros em cima da mesa da professora e veio se sentar no meu lado, a aula começou e ainda não tinhamos trocado uma palavra, eu com certeza não iria puxar assunto com ele, ele estava sendo infantil, eu não tinha feito nada e se alguém deveria ficar irritada esse alguém era eu não ele.



Quando a primeira aula acabou eu simplesmente sai da sala logo depois da professora, não estava em condições de assistir a aula, eu pensei que seria fácil simplesmente ignora-lo mais não, passar duas horas sentada do lado dele sem que trocássemos uma única palavra foi algo extremamente doloroso.

Fui direto para o jardim, lá nesse momento estaria vazio, caminhei até o ponto mais distante e escondido, me sentei atras de uma arvore, não queria que ninguém me visse matando aula.



Abri o livro "O Morro dos Ventos Uivantes", de Emily Brontë, um dos meus livros preferidos.



—De novo esse livro.

Levei um susto quando a voz soou do meu lado.

Observei ele sentar ao meu lado, apoiando a cabeça no meu ombro.



—Eu gosto desse livro, e se afasta por favor.

Pedi.



—Aqui está tão confortavel.

 Respirei fundo  e comecei a ignora-ló.



—O que me faz viver é ela. Se tudo o mais acabasse e ela permanecesse, eu continuaria a existir; e, se tudo o mais permanecesse e ela fosse aniquilado, eu não me sentiria mais parte do universo.



Ele citou uma das minhas partes favoritas do filme.



—Fica falando mau do meu livro mais conhece de có.

Eu disse, ele revirou.



—Eu nunca disse que não gostava do livro, apenas não entendo o que faz você gostar tanto que reler o livro toda semana e outra o trecho que eu recitei e um dos meus favoritos e combina perfeitamente com o que eu sinto por você.



— Edward...

Eu disse já tinha pedido para que ele parasse de falar aquelas coisas pra mim.



—O que eu só estou explicando o por que de eu conhecer perfeitamente aquela citação.

 Revirei os olhos, ele sempre arrumava um jeito de se torna inocente diante de qualquer acusação.



—Então você e meu irmão brigaram?

 Eu não sabia o que responde-lo, então optei pela verdade.



—Ainda não, estamos adiando para mais tarde.



—Vocês estão adianto uma briga?

Ele parecia incredulo.

Afirmei, balançando a cabeça.



—Por que?



—Não sei eu só não queria brigar com ele de manha e passar o dia todo chateada, eu queria me concentra na aula e pensar nisso depois.



—E você se concentrou muito, tanto que esta matando aula de fisica.



—Não estou matando só não queria assistir, eu já sei a matéria de hoje então...

Ele riu e pegou um cigarro do bolso.



—Ok sabe tudo. Mas você pode fazer isso sendo bolsista?



—Existe uma cota de faltas por bimestre e como eu não faltei nenhuma vez nesse bimestre então eu posso me dar o luxo de não assistir algumas aulas.



Ele riu e acendeu o cigarro, quando aquela fumaça me atingiu eu comecei a tossi.



—Eu acho que não seria um bom bolsista.

Ele afirmou e levou o cigarro a boca.



—Também faltando do jeito que você falta.

Ele riu em alto e bom som.



—Faz um carinho da minha cabeça.

Ele pediu, balancei a cabeça negando.



—Apaga isso.

Pedi eu não aguentava o cheiro do cigarro.



—Não.



—Eu não entendo o por que você gosta dessa porcaria.



—Já experimentou. - balancei a cabeça negando. -Então senhorita você não tem como entender.



—Nem pretendo, não vejo como uma fumaça extremamente toxica pode ser algo bom.



—Experimenta você vai gostar.



—Não obrigada.



—Qual é isso daqui e igual a uma mulher beijar outra mulher no começo você pode achar que e ruim, mas depois você vai ver que é algo extremamente bom.



—O que?



—Já tentou?



—Depois você pergunta por que eu não converso com você.



Ele riu, se afastou de mim.



—Onde você vai?

Perguntei.



—Voltar a aula, eu só sai para fumar.



Concordei com a cabeça e o vi caminhar voltando para a escola.



Voltei a me concentrar no livro.



[...]



—A por favor eu chamei você para ir, você não quis, agora quer ficar de palhaçada.



—Só por que eu não pude ir você arrumou outra pra ficar se agarrando.



—Por favor para com isso.



—Para você Antony, eu sou sua namorada e você me deve no minimo respeito, sair e ficar agarado com outra e o cumulo.



—Quem disse a você que eu fiquei agarrado com alguém?

Ele perguntou com raiva.



—Ninguém precisou me dizer no meu Facebook eu vi as fotos.



—Que fotos, por que a menos que sejam montagens eu só posso imaginar você vendo as fotos minhas com meus amigos enquanto nos divertíamos.



—Não sabia que você agora tinha tantas "amigas".

Disse destacando o Amigas.



—Baby por favor eu não fiz nada.

Ele peou meu rosto e me puxou para um beijo, tentei negar me afastar dele, afinal ele ainda não tinha se explicado, mas eu era fraca e comecei aos poucos ir cedendo a ele e em minutos já estávamos nos agarrando completamente dentro do carro.



—Vamos para um motel.

Ele disse a respiração dele estava ofegante.



—Não eu tenho dever de casa.



Percebi claramente que ele tinha ficado meio chateado com minha recusa, mas eu simplesmente não iria em um motel, eu era menor de idade imagina se eu sou pega em um, imagina com minha mãe iria ficar.



—Então vamos fazer dever de casa lá em casa.

Olhei pra ele, tentando descobrir o que ele queria por trás disso.



—Ok vou ligar para minha mãe, mas nos só vamos fazer dever de casa,ok.



Ele concordou com a cabeça.

Peguei meu telefone dentro da mochila e apertei a discagem rápida, ligando para minha mãe, ela atendeu no terceiro toque.



—Mãe.



—Filha aconteceu alguma coisa?

Ela perguntou.



—Não só estou ligando para avisar que vou estudar na casa do Antony.



—Estudar?

Perguntou ela, não confiando no que eu estava dizendo.



—Sim mãe só iremos estudar, volto para casa antes do jantar.

Afirmei com convicção.



—Ok e se cuida por favor.

Balancei a cabeça mesmo sabendo que ela não poderia me ver.



[...]





—Antony eu disse que iriamos apenas estudar.



Eu disse me desvencilhando dos braços dele.







—Amor podemos fazer isso depois.



Ele disse enquanto beijava meu pescoço, fechei os olhos buscando me concentrar no meu dever e afasta-ló, mas estava difícil lutar contra algo que eu queria tanto.







—Não Antony, por favor.



Fechei os olhos tentando conter um gemido.







—Você quer tanto quanto eu.



Eu não tinha mais força para negar.







Ele puxou meu rosto para o dele e começamos um beijo desesperado, era como se não nos sentíamos a tempos. Minutos depois já começávamos a tirar nossa roupa enquanto provocávamos prazer um no outro...







[…]







—Droga.



Disse ao me dar conta que já tinha se passado muito da hora do jantar, minha mãe com certeza estaria muito irritado e com razão.







—O que foi deita aqui.







—Antony levanta eu preciso ir embora, minha mãe vai me matar.







—Vai nada, deite aqui e volte a dormi.



Peguei minha blusa debaixo dele e vesti.







—Antony acorde, vamos rápido.







—Ai que saco, porra.







—Eu preciso ir embora você pode por favor se levantar para me levar em casa.



Ele revirou os olhos e bufou, mas pegou sua calça e vestiu.







Consegui organizar meu material enquanto ele se vestia, quando terminamos saímos do quarto ele foi na frente andando rápido, quando passamos pela sala ele parou a mãe dele estava sentada em uma poltrona olhando fixamente para mim, o olhar dela era ameaçador.







—O que eu já falei sobre a presença dessa garota na minha casa Antony.



Eu olhei para o Antony em busca de resposta.







—Desculpa mãe não irá se repetir.







Olhei para o Antony tentando entender o que estava acontecendo.







—Como assim?



Perguntei tentando entender o que estava acontecendo. Antes que o Antony pudesse responder a mãe dele se antecipou.







—Não é nada pessoal garota, mas você não serve para meu filho.



Olhei para ela pasma com aquela reação.







—Por que não?



Perguntei.







Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa o Antony se pronunciou.



—Deixa pra lá Bella, vamos.







—Basta você olhar pra ele que você vai perceber.







Olhei pra ela sem entender, ela revirou os olhos.







—Meu filho e bonito, muito bem educado e rico, já você...







Fiquei pasma que ela estivesse me julgando pelo simples fato dela estar me julgando pela minha condição financeira.







—Eu posso não ter dinheiro, mas eu tenho muito mais caráter do que certas pessoas.







—Bella chega.



O Antony me puxou pela mão, me obrigando a segui-ló caso que não o fizesse eu provavelmente iria cair, eu queria ficar ali e ouvir o que aquela mulher iria responder.







—Antony.







—Você enlouqueceu de discutir com minha mãe?



Ele perguntou enquanto abria a porta do carro para mim.







—Eu enlouqueci? Você viu o que ela falou.



Ele revirou os olhos.







—Ela já tinha dito isso antes.



Olhei pra ele sem acreditar, já que ele sabia que ela pensava assim por que motivos ele me levou na casa dele.







—E o que você disse a ela?



Perguntei, minha cabeça formulava varias perguntas, mas essa me causava uma curiosidade tremenda.







—Nada.







—Nada? - Perguntei, como assim nada.



—Bella entenda ninguém ganha uma discussão com a minha mãe.



—Então você simplesmente deixou que ela falasse mal de mim.

Perguntei, já sentia as lagrimas se acumulando nos meus olhos, com certeza eu tinha me enganado com o Antony.



Ele parou o carro no acostamento e me abraçou.



—Baby não fique assim, entenda eu não podia simplesmente discutir com a minha mãe, você já percebeu como ela é.



Eu não conseguia raciocinar direito, então apenas me permitir chora agarrada a ele.



[...]



—Está melhor.

Balancei a cabeça afirmando.



—Só me leva pra casa.

Pedi.



—Tá.

Ele voltou a colocar o carro em movimento, em poucos minutos estávamos em frente a minha casa.



Ele me segurou assim que eu tentei sair do carro.

—Amor por favor não fique chateada comigo, só entenda minha mãe e extremamente mimada, nunca ouviu um não na vida nem meu pai a contraria, se eu fizesse isso provavelmente ela iria arma uma guerra eu só queria te proteger, nos proteger, proteger nossa relação.

Eu não sei o que era mas ele não me parecia está sendo sincero.



—E a melhor forma de me proteger foi deixando sua mãe agir daquele jeito.



—Bella..

Não permiti que ele completasse a frase.



—Não Antony eu preciso ficar sozinha e pensar, amanhã nós conversamos.



Disse e não esperei ele responder sai do carro.



[...]



Minha mãe apenas revirou os olhos ao me ver passar pela porta, antes que eu pudesse dizer algo ela se antecipou e disse:



—Não, nem tente se justifica, pois não quero saber.

Não vou fala mais nada com você, faça o que você quiser só depois não venha chora no meu colo, por que eu não vou estar aqui, não em relação a esse assunto.



Senti uma dor grande tomar conta de mim e antes que eu pudesse obter uma reação vi minha mãe virá as costa, segundo depois escutei uma porta bater.

Ela nunca tinha me tratado assim, ela sempre esteve ali por mim, senti o peso do dia tomar conta de mim e apenas me abaixei no chão permitindo que tudo o que eu estava sentindo se resumisse em lagrimas.



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