Escolhas - Capitulo 05

Isabella Swan

Duas semanas, hoje fazia duas semanas do acidente do Antony e pouca coisa tinha acontecido nesse período o quadro hospitalar dele permanecia o mesmo, ele continuava em coma e sem previsão de que ele pudesse acorda, minha gravidez ainda permanecia em segredo e mesmo que eu soubesse que eu não poderia esconder pra sempre seria bom enquanto  ela permanecesse assim.

Hoje eu faria minha primeira consulta médica, eu estava feliz e ao mesmo tempo bem confusa com tudo que isso significava, feliz por poder ver esse bebezinho e saber se estava tudo bem, mas ao mesmo tempo triste por não ter o Antony ali, confusa porque eu ainda não sabia o que eu faria a seguir, por mim eu já teria trancado minha matricula na escola e arrumado um emprego, um bebe gerava muitos gastos e eu não achava justo minha mãe ter que assumir isso, mas minha mãe me proibiu de se quer considera a hipótese de sair da escola, eu sabia que era meu ultimo ano e eu conseguiria termina antes do bebe nascer, mas o que adiantaria eu termina se eu não teria condições de prosseguir porque fazer faculdade com um bebe era praticamente impossível aquela quantidade enorme de matérias para estudar, trabalhos e tudo mais e eu não teria condição de pagar alguém para ficar com meu filho para que eu pudesse estudar.

Na consulta de hoje eu iria sozinha, mesmo sendo a primeira, minha mãe não iria conseguir ir comigo por causa do trabalho dela e eu mais do que entendia. Eu estava terminando de arrumar meu cabelo no meu quarto quando a campainha tocou, deixei meu cabelo de lado e corri para atender a porta eu não estava esperando ninguém.

Me surpreendi em ver o Edward ali ele deveria esta na escola.

—Pronta? — Estranhei a pergunta, pronta pra que? Não tínhamos nada marcado.

—Eu tenho um compromisso agora.

—Nos temos um compromisso agora, você não achou que eu deixaria você ir sozinha na consulta de hoje. — Olhei pra ele sem acreditar que ele tinha faltado aula para me acompanhar, mesmo que eu nunca admitisse em voz alta eu estava morrendo de vergonha e ter que enfrentar essa situação sozinha, porque o julgamento estava sempre estampando na cara das pessoas.

—Você não deveria ter faltado aula. — Mesmo feliz eu não podia deixar de repreendê-lo.

—Aula a gente recupera depois, agora ver o meu sobrinho pela primeira vez e uma coisa que não tem volta. — O tom de felicidade estampado na voz e no rosto dele era algo contagiante. —Vamos termine de se arrumar que eu estou muito ansioso.

Dei caminho, ele entrou e fechei a porta.

—Fique a vontade. — Eu disse e comecei meu caminho de volta ao meu quarto percebi que ele me seguiu. Assim que entramos ele se jogou na minha cama, ignorei ele e me concentrei em prender meu cabelo em um rabo de cavalo.

—Sério eu jurava que seu quarto era mais de menininha.

Ignorei meu reflexo no espelho e dirigi meu olhar a ele.

—Como assim menininha?

—Sei lá, não tem nada rosa aqui. Eu esperava que ele fosse todo rosa.

Sério eu nem gostava tanto assim de rosa, de onde ele tinha tirado que meu quarto era rosa.

—Quando você me viu de rosa? — Perguntei tendo certeza que ele não teria me visto de rosa nunca, até porque eu só tinha uma blusa rosa que eu só usava para dormi.

—Não me recordo agora, mas eu vou lembrar.

Ele continuou a inspeção no meu quarto, eu não entendia o porque ele não achava meu quarto de menina, ok ele não era rosa mas vermelho também era cor de menina.

—Estou pronta. — anuncie assim que completei meu penteado.

[...]

Eu não entendia o porquê demorava tanto, já estávamos a mais de trinta minutos esperando naquela sala de espera e nada de chegar a minha vez, parecia que todo mundo era chamado menos eu.

Era tão estranho ver aquele monte de mulheres grávidas, era tantos tamanhos de barriga, tinha uma ali que estava com a barriga muito grande, mas muito grande mesmo. Eu esperava não ficar daquele tamanho.

—Serio você se imagina daquele tamanho. —Ele só podia estar lendo meus pensamentos, porque ele disfarçadamente apontava para aquela mesma mulher que eu estava observando minutos antes.

—Eu não vou ficar daquele tamanho. —Aquela mulher devia estar grávida de uns quatro.

—Mas e se ficar?

—Para de palhaçada Edward.

Eu já tinha medo daquela situação, imagina ter que lidar com um barrigão daqueles.

—Eu estou brincando você será uma grávida linda.

O brilho nos olhos dele me assustava ele parecia estar enxergando minha alma quando ele me olhava daquele jeito.

—Isabella Marie Swan. —Levei um susto com meu nome sendo anunciado, eu estava tão concentrada olhando o jeito que ele me olhava.

Eu e ele nos levantamos ao mesmo tempo e fomos juntos em direção ao consultório da minha medica. A porta estava aberta, mas mesmo assim eu bati antes de entra.

—Bom dia. — A medica disse assim que entramos ao consultório.

—Bom dia. —Respondemos juntos.

Ela fez sinal para que sentássemos e nos dois o fizemos.

—Bom pela sua idade eu posso considerar que a gravidez não foi planejada. —Ela disse o tom de voz dela era calmo e sem julgamentos o que me deixava mais confortável.

—Não.

—Sabe quantos meses está? —Ela perguntou.

—Não, mas eu imagino que um ou dois. — Ela olhou meu exame de sangue e anotou mais algo.

—Seu último ciclo menstrual?

Eu respondi com a data exata, eu tinha tudo anotado sobre minhas menstruações, mas era estranho responder essas coisas na frente do Edward.

—E os sintomas? Enjôos, sono?

—Eu estou tendo muitos enjôos quase não consigo comer nada, eu tenho dormido normalmente, mas estou me sentindo muito cansada.

Optei por não falar nada dos desmaios por que eu sabia que eles só tinham sido provocados pelo estresse o outro medico mesmo me garantiu isso.

—Vou receitar um remédio para o enjôo, o cansaço e normal tentem não se esforça muito. Quais são os horários que os enjôos são mais constantes?

—O dia todo? — Respondi sem ter certeza, mas eu enjoava com qualquer coisa.

—Ok então você toma duas vezes ao dia, uma de manha e outra ao cair da noite, busque sempre tomar na mesma hora. Vou prescrever algumas vitaminas que você deve tomar logo ao acorda. Vou passar alguns exames que você me trará na próxima consulta.

Concordei e ficamos em silêncio, o Edward estava bem quieto o que não era muito dele, enquanto a médica fazia minhas guias e anotações. Ela me examinou brevemente, e seguimos para uma sala anexa, onde faríamos a ultra-sonografia.

—Faremos um ultrassom transvaginal. —Percebendo minha confusão ela explicou. —Esse ultrassom serve pra saber a idade gestacional, excluir a possibilidade de gravidez ectópica, diagnosticar gestação múltipla, avaliar a vitabilidade ovular e do colo do útero.

—E o sexo do bebe? —Perguntou o Edward se pronunciando pela primeira vez.

—Então papai ansioso. Dificilmente saberemos o sexo hoje, só com muita sorte.

—Ele não é o pai. —Eu disse um pouco envergonhada.

—Hum, ele vai ficar durante o exame?—Ela perguntou confirmei com a cabeça. Em seguida ela me passou umas indicações para que eu trocasse de roupa.

Eu fiquei bem insegura quando eu a vi com aquele aparelho na mão, não era assim que eu sabia do exame, não passava o aparelho na barriga.  De repente como uma luz o nome do exame fez sentindo ultrassom transvaginal, Meu deus.

—O que foi? — Eu não tinha percebido que tinha dito em voz alta.

—E você quer mesmo vê esse exame?

—Claro porque não. — Não era possível que ele não entendesse.

—Tudo bem? — perguntou a medica. Será que estava tão na cara assim?

—Sim.

Ela permaneceu ainda nos preparativos para o exame, no momento em que ela colocou a camisinha naquele negocio eu senti meu rosto pegar fogo eu queria muito pedir pra que ele saísse durante o exame, mas ele tinha faltado aula só para isso. Quase agradeci em voz alta quando ela colocou um pano cobrindo minhas pernas ela deu mais algumas coordenadas para que eu apoiasse minhas pernas no suporte, o Edward sentou em uma cadeira que estava ao lado da minha maca e focou os olhos no monitor enquanto a medica começava com o exame eu achei fofo que ele entendeu que provavelmente se ele ficasse me olhando ou olhando o que a medica estava fazendo eu iria ficar bem constrangida.

—Relaxa querida. —O Edward ainda evitando me olha pegou minha mão e apertou, fechei os olhos era difícil mais eu me esforcei no inicio foi uma sensação bem desconfortável no inicio, mas logo se tornou mais aceitável.

Por mais que eu tentasse eu não conseguia entender nada do que eram aquelas imagens na tela.

—Estão vendo ali? —A medica perguntou apontando pra tela, eu não estava vendo nada só um monte de manchas. O Edward me olhou, pela cara dele ele também não estava vendo nada.

—Não. —Eu respondi por nos dois.

—Espere que eu vou dar um zoom. —voltamos nossos olhos atentos a tela e percebi ela aproximar de um ponto e ai sim eu pude ver o formato bonitinho de uma coisinha que devia ser minúscula, aquele ali era meu pequeno bebezinho. Eu senti meus olhos umedecerem.

—Uau. —O Edward pronunciou do meu lado. Ele me olhou e limpou a traiçoeira lagrima que tinha escorrido pelo meu rosto.

—E um menino? —Ele perguntou.

—Pela posição ainda não dá pra ver o sexo. Mas seu bebezinho está com nove semanas e quatro dias pra se mais exata.

Ela continuou o exame e falou mais algumas coisas sobre o bebe e me orientou em mais algumas coisas antes de dá fim ao exame. Eu me troquei e ela reforçou algumas recomendações antes de finalizar a consulta.

[...]

Saímos do hospital com a ultrassom impressa e uma foto do bebe. Eu não conseguia conter minha felicidade. O Edward pegou meu braço e entrelaçou com o dele.

—Então pra onde vamos? —Ele perguntou enquanto descíamos pelo elevador.

—Eu estou com fome. — eu disse.

—Está cedo pra almoçar. —Constatou ele.

 —Que tal irmos ao McDonald’s. — Sugeri, eu já estava com a boca salivando só de imaginar um hamburque.

—Ok se esse e o desejo da grávida não posso me opor.

Caminhamos de braços dados pelas calçadas até o nosso rumo, não era tão longe do hospital apenas uma quadra.

—Então aqui está seu lanche.

Eu tinha ficado ali esperando sentada enquanto ele enfrentava a pequena fila para fazer nossos pedidos.

—Hum.

Puxei a bandeja para mais perto de mim e peguei meu lanche, os meus pensamentos tinham me feito perde o apetite.

—Que foi?

—Depois daqui será que podemos ir ver o seu irmão. —Pedi, eu queria tanto que ele tivesse ido comigo na consulta, era tão ruim a sensação de não ter ele ali naquele momento.

—Então e por isso que você está com essa carinha. —Não soou como uma pergunta. —Ok coma e vamos ver o que aquele idiota está fazendo.

Olhei pra ele, mesmo sabendo que tinha sido em tom de brincadeira eu não tinha achado a menor graça não era legal ele ficar fazendo brincadeira com o irmão dele naquela situação.

Ele não falou nada e eu também preferi ficar quieta, mas o clima ficou estranho, não parecia nos dois ali, ele não estava fazendo piada apenas comia em silencio e eu não tinha o que falar.

[...]

Graças ao Edward eu tinha meu nome liberado para visitar o Antony no momento em que eu quisesse, graças aos pais super ricos deles dois para o Antony não tinha esse negocio de horários de visita, as visitas a ele podiam ser a qualquer hora, desde que claro seu nome estivesse na lista, lista essa que os pais dele controlavam.

O Edward me deu privacidade pra ficar sozinha com o Antony, ainda estávamos estranhos um com o outro, mas eu sinceramente não achava nada legal ele ficar fazendo piadinhas com o irmão naquela situação.

Eu fui direto ao Antony, me doía tanto ver ele naquela situação ele sempre me pareceu tão forte e ali estava tão fraco, peguei na mão dele e comecei a contar como tinha sido a consulta, eu sabia que poderia estar falando pro vento e que existia a posibilidade dele não estar me ouvido ou que quando acordasse não se lembrasse das coisas que eu contasse a ela, mas mesmo assim só de poder está compartilhando essas coisas com ele. Puxei a mão dele pra minha barriga, queria que ele pudesse tocar nosso filho e que assim nosso filho já pudesse ir se acostumando com o pai.

Eu tinha tantas duvidas, duvidas sobre tudo menos sobre o sentimento que eu tinha por ele, eu o amava demais e amaria durante toda minha vida, essas eram uma das poucas certezas que eu tinha naquele momento.

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