Favors Exchange - Capitulo 02



Eu observava ele, enquanto vestia a roupa, fazendo biquinho pra mim, mas eu tinha avisado que eu o acordaria na mesma hora em que eu acordava.

—Serio, você podia ir trabalhar e me deixar dormindo.

—Não posso não, eu te avisei que o acordaria.

—Eu pensei que você estava brincando.

—Bom agora você sabe que eu não sou mulher de brincadeira, então dá pra termina de se arrumar e de preferência rápido.

Ele balbuciou algo que eu não consegui entender, e se sentou ao meu lado para colocar o sapato.

—Vou poder pelo menos tomar café antes de sai?

Respirei fundo, era difícil para ele entender que eu estava quase me atrasando por causa dele.

—Olha não sei se você escutou da primeira vez, mas eu estou quase atrasada e bom isso e por sua culpa, então não, você não pode tomar café aqui, faça isso em casa ou aonde achar melhor, desde que não seja aqui. Agora por favor se apresse.

—Você está chata.

—Idem.

Ele riu, me agarrou-me pela cintura.

—Posso fazer esse mal humor passar.

Eu ri, e afastei os braços dele da minha cintura.

—Garoto já terminou?

—Quando quiser eu também não vou querer.

Eu me controlei para não ri dele, ele era tão mimado.

—Que bom, agora vamos.

Caminhamos em silencio até a garagem.

—Baby.

Eu sabia que quando ele queria alguma coisa ele usava apelidos "Carinhoso."

—O que você quer?

—Deixa eu dirigir?

—Você não tem carteira.

—Aí por favor.

A cara que ele estava fazendo era tão gostosa que eu não pude fazer nada a não ser balança as chaves para ele.

Chegamos em frente à casa dos nossos pais em tempo recorde, ele dirigia rápido.

—Você vai trabalhar?

—Sim, mas antes vou passar na casa dos meus pais tem algumas coisas para conversa com meu pai.

—Ok, me ligue mais tarde.

Ele disse enquanto passava a mão no meu cabelo de forma carinhosa eu podia jurar que ele queria alguma coisa.

—Não vai dá, tenho um encontro.

—Eca, sua mãe continua achando que você precisa de um marido.

—Não, dessa vez e algo que eu quero.

A cara que ele vez me fez imaginar que ele estivesse com ciúmes, eu não gostava disso o que tínhamos era bom porque não mantínhamos nenhum tipo de compromisso.

—Edward.

—Tchau, a gente se ver por ai.

—Tchau Edward.

[...]

—Bom dia família.

Disse ao entrar na sala de jantar onde meus pais tomavam o café da manhã.

—Filha, pensei que só te veria na empresa.

Disse meu pai, se levantando e me dando um beijo no rosto.

—Eu queria falar com você sobre aquele assunto.

Ele revirou os olhos.

—Você não desiste né?

—Sabe que não.

—Já vi que esse assunto irá render então sente-se e tome café conosco.

[...]

—Ok Isabella, você conseguiu me convencer.

Me senti tentada a dá um grito de animação, mas me contive isso não iria pegar bem.

Mesmo sendo presidente da empresa eu sempre pedi a permissão do meu pai para qualquer atitude mais séria e que pudesse prejudicar a empresa.

[...]

Oito horas em ponto o interfone tocou, atendi e confirmando o que eu esperava era o Jacob, afirmei que já estava descendo. Peguei minha bolsa e conferi minha aparência no espelho antes de sair.

[...]

—Uau você está linda.

—Obrigada.

O caminho ao La Bella Itália foi feito em silencio, somente o som do rádio embalava o nosso caminho.

Entramos no restaurante e fomos levados até a nossa mesa que era em um lugar mais afastado o que nos dava privacidade.

O Jacob pediu um vinho. O silencio estava se tornando estranho.

—Jacob o que aconteceu?

Fui direta, éramos amigos e eu podia perceber que tinha algo o incomodando.

—Vamos deixar para a conversa depois do jantar. Já escolheu o que irá pedir?

—Jacob nunca fui de adiar nada então fale logo.

Ele respirou fundo e largou o cardápio.

—Eu não sei como te falar isso.

Eu olhei pra ele já imaginando o que se tratava.

—Só fale Jacob.

—Eu conheci alguém.

Eu olhei sem entender o que isso tinha a ver comigo.

—E?

—Eu não vou poder me casar com você.

Olhei pra ele sem acreditar no que ele estava dizendo eu lutei tanto pra morrer na praia no final.

—Mas Jacob é só por alguns meses, você disse que poderia fazer isso.

—Eu sei, mas eu a amo, ela me ama e vamos ter um bebe.

—Vocês vão ter um bebe?

—Não foi planejado só aconteceu sabe eu vou me casar com ela, pra dá uma família a esse bebe.

Eu simplesmente não tinha como rebater a isso.

—Mas Jacob você sabe que você era minha única chance.

—Eu sinto muito Bells.

Eu podia ver nos olhos dele a pena, eu não queria que ele sentisse pena de mim, ele não estava me fazendo um favor, eu iria pagar caro pela colaboração dele.

—Eu tenho que ir Jacob.

—Mas nem jantamos ainda, eu....

—Sinto muito, adeus Jacob.

Me levantei pegando minha bolsa.

—Espera eu te levo.

—Não precisa eu pego um taxi, boa noite.

Não esperei por mais nada do que ele pudesse me dizer, por sorte ao sair pela porta tinha um taxi parado ali, ele tinha acabado de deixar alguém ali.

—Para onde senhora?

Perguntou o taxista.

Levei alguns segundos para tomar minha decisão, passei o endereço ao taxista.

Peguei meu telefone e disquei o número que já era bem conhecido por mim, no quarto toque ele atendeu.

—Fala gostosa.

Ignorei.

—Você está em casa?

—Sim, estou estudando.

—Não quero saber, vem me encontrar, estou na frente da sua casa.

Desliguei o telefone, eu não queria conversa, era por isso que eu tinha solicitado a companhia dele, com ele eu não precisava falar, nossa relação era física.

[...]

Demorando bem mais do que o necessário, ele apareceu.

—O que aconteceu?

Não o respondi e o puxei para um beijo, sem ligar muito para o taxista, ele como sempre bem receptivo retribuiu o beijo de uma forma bem erótica, era isso que eu queria dele, não perguntas inúteis.

Passei o endereço do meu apartamento ao taxista, e continuei provocando-o com toques e beijos, eu queria uma noite quente, uma noite em que eu pudesse esquecer tudo, então depois eu poderia lidar com os novos acontecimentos.

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