Favors Exchange - Capitulo 04

Pov | Bella

Mesmo que eu estivesse um caco eu precisava trabalhar, cheguei na empresa na parte da tarde e já tendo uma reunião marcada com uma das minhas advogados e melhor amiga, eu precisava comunicá-la as mudanças no caso.

—Mandou me chamar. -Ela disse entrando dentro do meu escritório.

—Sim eu tenho novidades no caso.

—Boas ou ruins.

Ela perguntou enquanto entrava no meu escritório.

—Terríveis.

—O que aconteceu?

—O Jacob deu para trás.

—Como assim deu pra trás?

Eu respirei fundo e comecei a contar tudo que o Jacob tinha me dito ontem.

—Que foda amiga.

—E o pior você não sabe, a assistente social foi lá em casa hoje e pegou o Edward somente de cueca no meu apartamento.

Ela era a única que sabia do meu caso com o Edward.

—Ui.

—Ela acabou pensando que ele fosse meu noivo e diante da situação não tive como negar.

—Mas ela sabe o nome do seu noivo, isso consta no processo e provavelmente nos papeis que ela recebeu.

—Eu disse que foi um erro ao preencher os papeis, e que o Jacob era meu advogado. De certa forma eu não menti. Mas eu nem sei se ela acreditou.

Era trágico eu ficar fazendo piada com aquela situação, mas eu já tinha sofrido bastante com tudo aquilo não tinha mais o que fazer. Agora minha única solução era tentar cuidar dela mesmo com ela naquele lugar.

—Bem seria ótimo se você tivesse realmente noiva do Cullen Jr.

—Por que?

—Qualquer juiz respeita o sobrenome Cullen, o que vai julgar seu caso não é diferente, pelo que eu soube a tese dele foi toda sobre a família Cullen.

—Mesmo sendo ele 17 anos mais jovem que eu?

—Poderíamos alegar que vocês se conhecem a algum tempo e ninguém pode falar nada ele tem 20 anos já é dono do próprio nariz, ele só precisaria de um emprego.

Olhei para ela não conseguindo acreditar no que ela dizia.

—Você está falando sério Rosie? -Perguntei já montando um plano na minha cabeça.

—Sim, ele só precisaria de um emprego e conseguir terminar a escola antes do processo, como o processo já está em andamento tentaríamos adiar a audiência até o fim do ano quando ele já tiver se formado, isso é se ele conseguir terminar a escola esse ano, ele poderia pedir um emprego ao pai dele, ele trabalhando na Cullen’s seria um acréscimo é tanto.

—Você me garante isso? – Perguntei, podia ser loucura, mas se essa loucura fosse me ajudar a ter a guarda dela.

—Tenho quase certeza de que você estando com ele você conseguiria a guarda dela.

[...]

Eu fazia de tudo para conseguir ver ela o máximo de vezes possível durante a semana, mesmo com minha agenda corrida e meus milhares de compromissos eu conseguia ver ela pelo menos 4 vezes durante a semana.

—Senhora Swan por favor podemos ir até ela.- Disse uma das freiras, Ângela ela sempre me recepcionava.

—E mesmo necessário todo esse espetáculo toda vez que eu for vir vê ela?

—Eu sinto muito por isso, mas são ordens da madre superior.

Balancei a cabeça, não conseguia mesmo entender pra que tudo aquilo.

—Eu fiquei muito triste em saber que você não conseguiu a guarda dela, principalmente sabendo que foi tudo por culpa daquela mulher futriqueira.

—Que mulher? – Perguntei sem fazer ideia do que ela estava falando.

—A que veio conversar com a madre sobre você e as coisas que aconteciam na sua casa.

—Como? Que coisas?

—Ela veio aqui e falou para a madre superior que você era uma devassa e que seu apartamento vivia cheio de homens.

—Como? – Perguntei, dessa vez sem conseguir acreditar no que saia da boca dela. -Quem era essa mulher?

—Não sei ela conversou diretamente com a madre e não se identificou na entrada.

Eu não conseguia pensar em ninguém que pudesse me odiar a ponto de vir aqui no orfanato falar mal de mim, e principalmente falar mentiras, sim eu tinha meus casos, mas para minha casa eu só levava o Edward. Eu nunca tinha levado outro homem sem ser ela para minha casa e quem era essa mulher e como ela sabia do processo de adoção, nem meus pais sabiam.

—Deixarei para descobri quem é essa cadela depois. –Eu disse esquecendo-me um pouco de onde eu estava, pude perceber a freira, Ângela, me olhando com os olhos arregalados.

[...]

—Meu Deus como você é inteligente, eu acho que na sua idade eu não era inteligente assim.- Eu disse enquanto abraçava ela, eu gostava daquele momento, eu realmente já sentia como se ela fosse minha filha, me doía saber que daqui a pouco eu teria quer ir embora e deixa-la ali, mesmo que com as minhas doações aquele lugar tenha melhorado bastante, ainda assim eu não conseguia entender como tantas crianças podiam viver por tanto tempo em lugares como aquele, e por que era tão difícil adota-lá.

—Mamãe. –Percebi uma das freiras olhar feio para ela quando ela me chamou de mamãe, eu gostava de quando a Ângela ficava “tomando conta de nos”, as outras freiras ali pareciam não gostar de mim e sempre buscavam repreende-lá quando ela me chamava de mamãe.

—Sim meu amor?

Ela parecia envergonhada, as bochechas dela estavam vermelhas eu adorava vê-la corar, me fazia lembrar muito de mim quando mais jovem.

—Posso te fazer uma pergunta muito séria.

—Claro, você pode me perguntar qualquer coisa. – eu disse mesmo tendo medo de algumas perguntas que ela poderia vir a fazer.

—Quando eu vou morar com você?

Aquele era o tipo de pergunta que eu não gostava que ela fizesse, porque eu não tinha uma resposta.

—Se fosse por mim seria hoje, mas o lembra que eu te expliquei pra isso é preciso que aquele homem super poderoso assine aqueles papeis.

—E porque ele demora tanto para assinar?

—Eu realmente não sei, mas quando você ver ele novamente é só perguntar.

Eu sabia que era errado, mas vai que a pressão dela o fizesse ver o que era melhor para ela.

—Ok mamãe, eu vou fazer isso.

Eu ri orgulhosa, eu adorava quando ela me chamava de mamãe. Trouxe ela para o meu colo, eu precisava sentir ela mais um pouquinho perto de mim, daqui a pouco eu teria que ir embora, e eu precisava guarda o máximo dela comigo.

[...]

As palavras da Rosalie ainda martelavam na minha cabeça, será mesmo que o Cullen ajudaria, mas ai eu teria que estar assumindo duas crianças, porque no fundo era aquilo que ele era, mesmo que já fosse completar vinte anos, ele não tinha um pingo de maturidade, não tinha conseguido nem terminar a escola, que tipo de exemplo ele estaria dando a minha filha. Mas que outra opção eu teria, e se ele realmente me ajudasse, se no fim eu conseguisse ter ela ali o preço que eu teria que pagar não seria tão caro assim.

Peguei meu telefone e disquei o número dele, algo em torno do quarto toque ele atendeu.

—Fala.

—Eu preciso falar com você, tenho uma proposta.- Fui direto ao ponto.

—Ok, Estou indo pra ir.

[Cont...]

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